• Com informações do G1 Goiás.
A comerciante Regina Maria de Lima denunciou que ficou 25 minutos fechada em um ônibus com o filho autista após tentar tirar uma foto da compra da passagem dele, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a mulher, a cobradora e o motorista não aceitaram as carteirinhas que ela apresentou no veículo e que o dispensam de pagar pela viagem e quis uma comprovação de que teve que arcar com ônus mesmo tendo direito à passagem gratuita.
A situação ocorreu no último dia 13 de junho. A empresa informou à TV Anhanguera, por meio de nota, que lamenta o ocorrido e que “a alegação de que ficaram trancados dentro do ônibus não procede”. Também conforme o texto, “há decisão judicial (há mais de 6 anos) determinando que ela retire a passagem de seu filho no guichê da companhia”.
Regina contou que mora em Corumbá de Goiás e vai a Anápolis regularmente para o tratamento do filho. Segundo ela, os funcionários da companhia se exaltaram e fecharam o ônibus com eles dentro quando ela pediu para tirar uma foto do filho comprando a passagem. Ela conta que se sentiu desrespeitada e que registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil.
“O motorista ficou superexaltado perto do menino, empurrava o menino o tempo todo. Fecha tudo, fecha todas as portas. […] Eu paguei a passagem, mostrei todas as carteirinhas e mesmo assim chamaram a polícia. Motorista desceu do ônibus e falou que estava atrasado por nossa causa”, afirmou.
O delegado Manuel Vanderik, responsável pela investigação, disse que está apurando o caso e vai ouvir, além de Regina, o motorista e a cobradora citados e outros passageiros que presenciaram a cena.
“Pretendemos elucidar a restrição da liberdade da mãe e do filho e eventual discriminação da pessoa com deficiência. Autista tem direito ao passe livre em Goiás. Existe uma lei federal que considera o autismo como deficiência e para passe livre, a lei municipal, a lei estadual regulam a questão”, afirmou.